5ª
Semana - 1º E.M.
Habilidade:-
identificar o conflito gerador do enredo.
Queridos alunos, o vídeo abaixo ajudará você a retomar algumas características da tipologia textual narrativa, apresentando: foco narrativo, tempo, espaço, personagens entre outros. Assista e refaça as atividades estudadas em nossas aulas de nivelamento. Um abraço Josi.
Leia o texto abaixo:
Significados na Adolescência
Uma conversa entre um professor e um
jovem adolescente...
O professor prossegue na sua explicação:
- Frutos amadurecem... Fruto maduro quer dizer bom, entendes? Bom quer dizer doce...
Responde o jovem adolescente:
- Então o beijo é maduro?
E o professor:
-Não.
E o jovem adolescente:
- Então... O beijo é doce...
E o professor:
- Beijos são complicados... É melhor falar de frutos. Frutos se podem comer... A comida fala...
E o adolescente determinado nas suas descobertas:
- Seres humanos também falam...
E o professor desanimado:
- Falam... Ai, ai, ai... Vai começar de novo.
O professor prossegue na sua explicação:
- Frutos amadurecem... Fruto maduro quer dizer bom, entendes? Bom quer dizer doce...
Responde o jovem adolescente:
- Então o beijo é maduro?
E o professor:
-Não.
E o jovem adolescente:
- Então... O beijo é doce...
E o professor:
- Beijos são complicados... É melhor falar de frutos. Frutos se podem comer... A comida fala...
E o adolescente determinado nas suas descobertas:
- Seres humanos também falam...
E o professor desanimado:
- Falam... Ai, ai, ai... Vai começar de novo.
QUESTÃO
1
O fato que deu origem a essa história foi
A.
a explicação do
professor.
B.
a insistência do
aluno.
C.
o desânimo do
professor.
D.
o questionamento
do aluno.
Urubus e Sabiás
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram do-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência.
Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos, tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás...Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. “Onde estão os documentos de seus concursos?” E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam, simplesmente... Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: EM TERRA DE URUBUS DIPLOMADOS NÃO SE OUVE CANTO DE SABIÁ.
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram do-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência.
Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos, tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás...Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. “Onde estão os documentos de seus concursos?” E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam, simplesmente... Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: EM TERRA DE URUBUS DIPLOMADOS NÃO SE OUVE CANTO DE SABIÁ.
ALVES, Rubem. Estórias de Quem gosta de Ensinar. São Paulo: Ars Poética,
1985, p.81- 2.
QUESTÃO 2
No contexto, o que gera o conflito é:
(A) a competição para eleger o melhor urubu.
(B) a escola para formar aves cantoras.
(C)o concurso de canto para conferir diplomas.
(D) o desejo dos urubus de aprender a cantar.
QUESTÃO 3
A Raposa e o Cancão
Passara a manhã chovendo, e o Cancão todo molhado, sem poder voar, estava
tristemente pousado à beira de uma estrada. Veio a raposa e levou-o na boca
para os filhinhos. Mas o caminho era longo e o sol ardente. Mestre Cancão
enxugou e começou a cuidar do meio de escapar à raposa. Passam perto de
um povoado. Uns meninos que brincavam começam a dirigir desaforos à astuciosa
caçadora. Vai o Cancão e fala:
— Comadre raposa, isto é um desaforo! Eu se fosse você não aguentava! Passava
uma descompostura!...
A raposa abre a boca num impropério terrível contra a criançada. O Cancão
voa, pousa triunfantemente num galho e ajuda a vaiá-la...
CASCUDO, Luís Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 16ª ed. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2001.
No final da
história, a raposa foi
(A)
corajosa.
(B)
cuidadosa.
(C) esperta.
(D)
ingênua.
5ª Semana Nivelamento
2ºE.M.:-
relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
Texto
para as questões 1 a 3
Aí, galera
Jogadores de futebol
podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador
de futebol dizendo "estereotipação"? E, no entanto, por que não?
— Aí,
campeão. Uma palavrinha pra galera.
— Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui
presentes ou no recesso dos seus lares.
— Como
é?
— Aí,
galera.
—
Quais são as instruções do técnico?
—
Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com
energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de,
recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de
meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do
sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.
— Ahn?
— É
pra dividir no meio e ir pra cima pra pega eles sem calça.
—
Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
—
Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental. algo banal, talvez mesmo
previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive,
genéticas?
—
Pode.
— Uma
saudação para a minha progenitora.
— Como
é?
— Alo,
mamãe!
—
Estou vendo que você é um, um...
— Um
jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que
o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota
a estereotipação?
—
Estereoquê?
— Um
chato?
—
Isso.
Correio Braziliense, 13 maio 1998.
1- (Enem) O texto apresenta duas situações
relacionadas que fogem à expectativa do público. São elas:
a) a saudação do jogador
aos fâs do clube, no início da entrevista, e a saudação final dirigida à sua
mãe.
b)
a linguagem muito formal do jogador, inadequada à situação da entrevista, e um
jogador que fala, com desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão
"galera", por parte do entrevistador, e da expressão "progenitora",
por parte do jogador.
d) o desconhecimento,
por parte do entrevistador, da palavra "estereotipação", e a fala do
jogador em "é pra dividir no meio e ir pra cima pra pega eles sem
calça".
e) o fato de os
jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador entrevistado
não corresponder ao estereótipo.
2. (Enem) O texto mostra uma situação em
que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as
diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa
também uma inadequação da linguagem usada ao contexto.
a) "O carro bateu e
capoto, mas num deu pra vê direito" - um pedestre que assistiu ao acidente
comenta com o outro que vai passando.
b) "E aí, ô meu!
Como vai essa força?" - um jovem que fala para um amigo.
c) "Só um instante,
por favor. Eu gostaria de fazer uma observação" - alguém comenta em uma
reunião de trabalho.
d) "Venho
manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva
desta conceituada empresa" - alguém que escreve uma carta candidatando-se
a um emprego.
e)
"Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o
risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares
brasileiros" - um professor universitário em um congresso internacional.
3. (Enem) A expressão "pega eles
sem calça" poderia ser substituída, sem comprometimento de sentido, em
língua culta, formal, por:
a) pegá-los na mentira.
b)
pegá-los desprevenidos.
c) pegá-los em
flagrante.
d) pegá-los rapidamente.
e) pegá-los
momentaneamente.
Questão
4
Enem 2013
Até
quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto
pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode
crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só
porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que
sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas
não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo
autor conferem ao texto
a) caráter atual, pelo uso de linguagem
própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de
imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de
gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem
coloquial.
e) originalidade, pela concisão da
linguagem.
Questão
5
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido.
Mas o bom negro e o bom
branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade.
In Poesia Pau-Brasil)
Analise as seguintes
afirmações a respeito desse poema:
I — No texto,
encontramos exemplos do Português tanto no seu uso padrão quanto no seu uso
coloquial.
II — Para manifestar sua
tendência à coloquialidade, o texto ignora completamente procedimentos do
Português padrão.
III — Ao adotar a norma
culta como mecanismo de julgamento estilístico, o texto implicitamente condena
o analfabetismo.
IV — O uso do Português padrão
no primeiro verso, em contraste com a adoção da linguagem coloquial no último,
insinua a superioridade daquele sobre este.
V — A coexistência da
norma culta com a linguagem coloquial indica a diversidade dos usos do
Português no Brasil.
É possível considerar
que:
a) todas
as afirmações estão corretas.
b) estão
corretas as afirmações I e V.
c) estão
corretas as afirmações II e III.
d) estão
corretas as afirmações III e IV.
e) todas
as afirmações estão incorretas.