segunda-feira, 6 de outubro de 2014

5ª Semana  - 1º E.M.
Habilidade:- identificar o conflito gerador do enredo.

Queridos alunos, o vídeo abaixo ajudará você a retomar algumas características da tipologia textual narrativa, apresentando: foco narrativo, tempo, espaço, personagens entre outros. Assista e refaça as atividades estudadas em nossas aulas de nivelamento. Um abraço Josi.

Leia o texto abaixo:
Significados na Adolescência
Uma conversa entre um professor e um jovem adolescente...
O professor prossegue na sua explicação:
- Frutos amadurecem... Fruto maduro quer dizer bom, entendes? Bom quer dizer doce...
Responde o jovem adolescente:
- Então o beijo é maduro?
E o professor:
-Não.
E o jovem adolescente:
- Então... O beijo é doce...
E o professor:
- Beijos são complicados... É melhor falar de frutos. Frutos se podem comer... A comida fala...
E o adolescente determinado nas suas descobertas:
- Seres humanos também falam...
E o professor desanimado:
- Falam... Ai, ai, ai... Vai começar de novo.
QUESTÃO 1
O fato que deu origem a essa história foi
A.                   a explicação do professor.
B.                   a insistência do aluno.
C.                   o desânimo do professor.
D.                   o questionamento do aluno.

Urubus e Sabiás

Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram do-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência.

Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos, tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás...Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. “Onde estão os documentos de seus concursos?” E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam, simplesmente... Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: EM TERRA DE URUBUS DIPLOMADOS NÃO SE OUVE CANTO DE SABIÁ.
ALVES, Rubem. Estórias de Quem gosta de Ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1985, p.81- 2.

QUESTÃO 2
No contexto, o que gera o conflito é:

(A) a competição para eleger o melhor urubu.
(B) a escola para formar aves cantoras.
(C)o concurso de canto para conferir diplomas.
(D) o desejo dos urubus de aprender a cantar.



QUESTÃO 3
A Raposa e o Cancão
Passara a manhã chovendo, e o Cancão todo molhado, sem poder voar, estava tristemente pousado à beira de uma estrada. Veio a raposa e levou-o na boca para os filhinhos. Mas o caminho era longo e o sol ardente. Mestre Cancão
enxugou e começou a cuidar do meio de escapar à raposa. Passam perto de um povoado. Uns meninos que brincavam começam a dirigir desaforos à astuciosa caçadora. Vai o Cancão e fala:
— Comadre raposa, isto é um desaforo! Eu se fosse você não aguentava! Passava uma descompostura!...
A raposa abre a boca num impropério terrível contra a criançada. O Cancão voa, pousa triunfantemente num galho e ajuda a vaiá-la...
CASCUDO, Luís Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 16ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
No final da história, a raposa foi
(A) corajosa.
(B) cuidadosa.
(C) esperta.
(D) ingênua.



5ª Semana Nivelamento
2ºE.M.:- relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
Texto para as questões 1 a 3
Aí, galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um joga­dor de futebol dizendo "estereotipação"? E, no entanto, por que não?
— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
— Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares.
— Como é?
— Aí, galera.
— Quais são as instruções do técnico?
— Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.
— Ahn?
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pega eles sem calça.
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
— Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental. algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
— Pode.
— Uma saudação para a minha progenitora.
— Como é?
— Alo, mamãe!
— Estou vendo que você é um, um...
— Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
— Estereoquê?
— Um chato?
— Isso.                                                                      
   Correio Braziliense, 13 maio 1998.

1- (Enem) O texto apresenta duas situações relacio­nadas que fogem à expectativa do público. São elas:
a) a saudação do jogador aos fâs do clube, no início da entrevista, e a saudação final diri­gida à sua mãe.
b) a linguagem muito formal do jogador, ina­dequada à situação da entrevista, e um jogador que fala, com desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão "galera", por parte do entrevistador, e da expressão "progenito­ra", por parte do jogador.
d) o desconhecimento, por parte do entrevis­tador, da palavra "estereotipação", e a fala do jogador em "é pra dividir no meio e ir pra cima pra pega eles sem calça".
e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador entrevis­tado não corresponder ao estereótipo.

2. (Enem) O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usa­da ao contexto.
a) "O carro bateu e capoto, mas num deu pra vê direito" - um pedestre que assistiu ao aciden­te comenta com o outro que vai passando.
b) "E aí, ô meu! Como vai essa força?" - um jovem que fala para um amigo.
c) "Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação" - alguém comenta em uma reunião de trabalho.
d) "Venho manifestar meu interesse em candida­tar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa" - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e) "Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros" - um professor universitário em um congresso internacional.

3. (Enem) A expressão "pega eles sem calça" po­deria ser substituída, sem comprometimento de sentido, em língua culta, formal, por:
a) pegá-los na mentira.
b) pegá-los desprevenidos.
c) pegá-los em flagrante.
d) pegá-los rapidamente.
e) pegá-los momentaneamente.

Questão 4

Enem 2013
Até quando?

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
 Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto

a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.

Questão 5
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido.
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade. In Poesia Pau-Brasil)

Analise as seguintes afirmações a respeito desse poema:
I — No texto, encontramos exemplos do Português tanto no seu uso padrão quanto no seu uso coloquial.
II — Para manifestar sua tendência à coloquialidade, o texto ignora completamente procedimentos do Português padrão.
III — Ao adotar a norma culta como mecanismo de julgamento estilístico, o texto implicitamente condena o analfabetismo.
IV — O uso do Português padrão no primeiro verso, em contraste com a adoção da linguagem coloquial no último, insinua a superioridade daquele sobre este.
V — A coexistência da norma culta com a linguagem coloquial indica a diversidade dos usos do Português no Brasil.

É possível considerar que:
a)       todas as afirmações estão corretas.
b)       estão corretas as afirmações I e V.
c)        estão corretas as afirmações II e III.
d)       estão corretas as afirmações III e IV.
e)       todas as afirmações estão incorretas.



domingo, 5 de outubro de 2014

Continuação de Função de 2º grau

Continuem os estudos e assistam o outro vídeo que complementa os conceitos da Função de 2º grau.

Função do 2º grau

O vídeo acima é de interesse para  todos os alunos do Ensino Médio. Assistam e refaçam os exercícios propostos que vocês possuem. Bons estudos!!!

4ª habilidade - 1ª série

Habilidade: Resolver equações quadráticas/ Compreender a resolução de equações quadráticas e saber utilizá-las em contextos práticos.


1 – (SARESP – 2007) –
2 – (SARESP – 2011)
3 – (SARESP - 2007)



3ª hablidade - 1ª série


Habilidade: Reconhecer e utilizar em contextos práticos as relações de proporcionalidade direta entre duas grandezas

1 – Uma torneira despeja 30 litros de água a cada 15 minutos. Quanto tempo levará para encher um reservatório de 4 m³ de volume?

2 - Em geral, num adulto, a altura da cabeça está para a altura do restante do corpo, assim como 1 está para 7. Quanto mede uma pessoa cuja cabeça tem 22 cm de altura?
a) 1,54m b) 1,60m c) 1,76m d) 1,82m e) 1,90 m


2ª habilidade - Matemática - 2ª série

Habilidade: Compreender a construção do gráfico de funções de 1º grau, sabendo caracterizar crescimento, decrescimento e taxa de variação.

1 - (UFMG) Sendo a < 0 e b > 0, a única representação gráfica correta para a função f(x) = ax + b é:











(ENEM - 2011) O saldo de  contratações no mercado formal no setor varejista da região metropolitana de São Paulo registrou alta. Comparando as contratações deste setor no mês de fevereiro com as de janeiro deste ano, houve incremento de 4 300 vagas no setor, totalizando 880 605 trabalhadores com carteira assinada.
Disponível em: http://www.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 abr. 2010 (adaptado).
Suponha que o incremento de trabalhadores no setor varejista seja sempre o mesmo nos seis primeiros meses do ano.
Considerando-se que y e x representam, respectivamente, as quantidades de trabalhadores no setor varejista e os meses, janeiro sendo o primeiro, fevereiro, o segundo, e assim por diante, a expressão algébrica que relaciona essas quantidades nesses meses é:



A) y=4300x
B) y=884905x
C) y=872005+4300x
D) y=876305+4300x

E) y=880605+4300x

2ª Habilidade - matemática - 1ª série

Habilidade: Saber realizar de modo significativo as operações de radiciação e potenciação.


1 – O resultado de 2 - (4)¬¹ fica entre qual dos números abaixo?
A) -1 e 0
B) 1 e 2
C) 2 e 3
D) 3 e 4

 

 +   
2 – O valor da expressão                                                                         é de
(A) 51
(B) 149
(C) 17
(D) 3

3 – (Experiências Matemáticas) Quanto deve medir cada aresta de um cubo cujo volume é de 125 dm3?

4 - (Experiências Matemáticas) Uma pessoa precisa comprar uma caixa d’água. Encontra para a venda uma com especificações: 4 m de comprimento, 2 m de largura e 1 m de altura. Acontece que o local onde ela vai ser instalada não cabe uma caixa com essas dimensões. A pessoa encomenda, ao fabricante, outra caixa com a mesma capacidade da primeira, com a forma de cubo. Quanto deve medir a aresta dessa caixa?


5 - (Experiências Matemáticas) Um cubo de madeira foi pintado de amarelo em todas as suas faces. Ele então foi cortado em 27 cubos pequenos de tamanhos iguais. Quantos cubos pequenos serão encontrados com 3 faces pintadas? Com 2 faces pintadas? Com uma face pintada? Com nenhuma face pintada?    

Avaliação Diagnóstica

Olá queridos alunos, essa semana vocês farão a primeira avaliação diagnóstica das habilidades já trabalhadas. Boa sorte e ótimos estudos!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

      4ª Semana Nivelamento – 1º E.M.
 Habilidade : Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem)

Leia os textos I e II e responda à questão 1
TEXTO I
Prosopopeia ou Personificação:
Figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.

TEXTO II
       Noite morta
Manuel Bandeira

Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.
Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado
No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.
O córrego chora.
A voz da noite…
(Não desta noite, mas de outra maior)
Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frase/NTU4MDI0/>.
Questão 1
No texto, identificamos que há presença de personificações. Uma delas é:
(A) “Ninguém passa na estrada”.
(B) “Os sapos engolem mosquitos”.
(C) “Nem um bêbado”.
(D) “O córrego chora”.

Questão 2
(Cesgranrio-1994) 1 "Dei o nome de PRIMEIROS
CANTOS às poesias que agora publico, porque espero que não serão as últimas.
Muitas delas não têm uniformidade nas estrofes, porque
menosprezo regras de mera convenção; adotei todos os
ritmos da metrificação portuguesa, e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir.
Não têm unidade de pensamento entre si, porque
foram compostas em épocas diversas - debaixo de céu
diverso - e sob a influência de impressões
momentâneas.(...)
 Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os
olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha
alma, reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o
pensamento que me vem de improviso, e as idéias que em mim desperta a vista de uma paisagem ou do oceano - o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o sentimento - o coração com o entendimento - a idéia com a paixão - colorir tudo isto com a imaginação, fundir tudo isto com a vida e com a natureza, purificar tudo com o sentimento da religião e da divindade, eis a Poesia - a Poesia grande e santa - a Poesia como eu a compreendo sem a poder definir, como eu a sinto sem a poder traduzir."
(DIAS, Gonçalves, "Prólogo aos primeiros cantos")
Qual a figura de linguagem observada em "Com a vida
isolada que vivo" ?
a) Pleonasmo
b) Metáfora
c) Silepse de gênero
d) Metonímia
e) Sinestesia

Questão 3
(ENEM-2007) O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
[dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
(...)
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.
A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar e
a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.
b) o beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve na boca.
c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.
d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço do vale.
e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras.


4ª Semana Nivelamento
2ºE.M.:- relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
Texto para as questões 1 a 3
Aí, galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um joga­dor de futebol dizendo "estereotipação"? E, no entanto, por que não?
— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
— Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares.
— Como é?
— Aí, galera.
— Quais são as instruções do técnico?
— Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.
— Ahn?
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pega eles sem calça.
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
— Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental. algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
— Pode.
— Uma saudação para a minha progenitora.
— Como é?
— Alo, mamãe!
— Estou vendo que você é um, um...
— Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
— Estereoquê?
— Um chato?
— Isso.                                                                      
   Correio Braziliense, 13 maio 1998.

1- (Enem) O texto apresenta duas situações relacio­nadas que fogem à expectativa do público. São elas:
a) a saudação do jogador aos fâs do clube, no início da entrevista, e a saudação final diri­gida à sua mãe.
b) a linguagem muito formal do jogador, ina­dequada à situação da entrevista, e um jogador que fala, com desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão "galera", por parte do entrevistador, e da expressão "progenito­ra", por parte do jogador.
d) o desconhecimento, por parte do entrevis­tador, da palavra "estereotipação", e a fala do jogador em "é pra dividir no meio e ir pra cima pra pega eles sem calça".
e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador entrevis­tado não corresponder ao estereótipo.

2. (Enem) O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usa­da ao contexto.
a) "O carro bateu e capoto, mas num deu pra vê direito" - um pedestre que assistiu ao aciden­te comenta com o outro que vai passando.
b) "E aí, ô meu! Como vai essa força?" - um jovem que fala para um amigo.
c) "Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação" - alguém comenta em uma reunião de trabalho.
d) "Venho manifestar meu interesse em candida­tar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa" - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e) "Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros" - um professor universitário em um congresso internacional.

3. (Enem) A expressão "pega eles sem calça" po­deria ser substituída, sem comprometimento de sentido, em língua culta, formal, por:
a) pegá-los na mentira.
b) pegá-los desprevenidos.
c) pegá-los em flagrante.
d) pegá-los rapidamente.
e) pegá-los momentaneamente.

Questão 4

Enem 2013
Até quando?

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
 Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto

a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.

Questão 5
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido.
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade. In Poesia Pau-Brasil)

Analise as seguintes afirmações a respeito desse poema:
I — No texto, encontramos exemplos do Português tanto no seu uso padrão quanto no seu uso coloquial.
II — Para manifestar sua tendência à coloquialidade, o texto ignora completamente procedimentos do Português padrão.
III — Ao adotar a norma culta como mecanismo de julgamento estilístico, o texto implicitamente condena o analfabetismo.
IV — O uso do Português padrão no primeiro verso, em contraste com a adoção da linguagem coloquial no último, insinua a superioridade daquele sobre este.
V — A coexistência da norma culta com a linguagem coloquial indica a diversidade dos usos do Português no Brasil.

É possível considerar que:
a)       todas as afirmações estão corretas.
b)       estão corretas as afirmações I e V.
c)        estão corretas as afirmações II e III.
d)       estão corretas as afirmações III e IV.
e)       todas as afirmações estão incorretas.