quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Alunos  dos Primeiros Anos do Ensino Médio, abaixo encontram-se algumas atividades que não trabalhamos em sala de aula que referem-se à habilidade de identificar as marcas linguísticas em textos do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da sintaxe.

Questão 1

Sodade matadera
Dorival Caymmi

Ai, sodade Ai, sodade
Ai, sodade matadera
Condo eu caço e que num acho
Meu benzinho em minha bêra
No cercado da cancela
Ia me encontrar com ela
Eu passava a tarde inteira
Um brandão de tempo
A nós se olhá
CAYMMI, Dorival. Sodade matadera. [s.l.]: RCA Victor, 1942. 1 disco sonoro. (excerto).
Questão 9
A preferência pelo uso do pretérito imperfeito “passava” ao invés do pretérito
perfeito “passei” justifica-se no texto por tratar-se
(A) de uma ação presente, realizada pelo eu lírico sempre depois de caçar algo e que é importante em sua memória afetiva.
(B) de uma ação pontual no passado, realizada em uma única situação e  não mais repetida pelo eu lírico.
(C) de uma ação habitual ocorrida no passado, interrompida no presente,  mas ainda importante na memória afetiva do eu lírico.
(D) de uma ação pontual realizada no presente que poderá ser repetida no futuro dada a importância que virá a ter na memória do eu lírico.

Questão 2

             A CRÔNICA MUITAS VEZES CONSTITUI UM ESPAÇO PARA REFLEXÃO SOBRE ASPECTOS DA SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS.

 Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou o meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.
Talvez não fosse o Menino de Família, mas também não era um Menino de rua. É assim que a gente divide. Menino de Família é aquele bem-vestido, com tênis de moda e camisa de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão. (...). Na verdade não existem meninos De rua. Existem meninos Na rua. E toda vez que um menino está Na rua é porque alguém botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares (...). Resta ver quem os põe na rua. E por quê.”
                     (COLOSSANTI, Mariana. In: Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)
  No segundo parágrafo em “... não existem meninos De rua. Existem meninos Na rua”,  a troca deDe  pelo Na determina que a relação de sentido entre “menino” e “rua” seja.
a) de localização e não de qualidade.
b) de origem e não de posse.
c) de origem e não de localização
d) de qualidade e não de origem
e) de posse e não de localização.
Gabarito: 1 C e 2 A.

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