1º E.M.- identificar as marcas linguísticas em textos do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da sintaxe.
A questão da descriminalização das drogas se
presta a frequentes simplificações de caráter maniqueísta, que acabam por
estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a discussão quase
sempre em torno da droga que está mais em evidência.
Vários aspectos relacionados ao problema
(abuso das chamadas drogas lícitas, como medicamentos, inalação de solventes,
etc.) ou não são discutidos, ou não merecem a devida atenção. A sociedade
parece ser pouco sensível, por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que
representa a primeira causa de internação da população adulta masculina em
hospitais psiquiátricos. Recente estudo epidemiológico realizado em São Paulo
apontou que 8% a 10% da população adulta apresentavam problemas de abuso ou
dependência de álcool. Por outro lado, a comunidade mostra-se extremamente
sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína,
etc.
Dois grupos mantêm acalorada discussão. O
primeiro acredita que somente penalizando traficantes e usuários pode-se
controlar o problema, atitude essa centrada, evidentemente, em aspectos
repressivos.
Essa corrente atingiu o seu maior momento
logo após o movimento militar de 1964. Seus representantes acreditam, por
exemplo, que "no fim da linha" usuários fazem sempre um pequeno
comércio, o que, no fundo, os igualaria aos
traficantes, dificultando o papel da Justiça. Como solução, apontam, com
freqüência, para os reconhecidamente muito dependentes, programas extensos a
serem desenvolvidos em fazendas de recuperação, transformando o tratamento em
um programa agrário.
Na outra ponta, um grupo
"neoliberal" busca uma solução nas regras do mercado. Seus
integrantes acreditam que, liberando e taxando essas drogas através de
impostos, poderiam neutralizar seu comércio, seu uso e seu abuso. As
experiências dessa natureza em curso em outros países não apresentam resultados
animadores.
Como uma terceira opção, pode-se olhar a
questão considerando diversos ângulos. O usuário eventual não necessita de
tratamento, deve ser apenas alertado para os riscos. O dependente deve ser
tratado, e, para isso, a descriminalização do usuário é fundamental, pois
facilitaria muito seu pedido de ajuda. O traficante e o produtor devem ser
penalizados. Quanto ao argumento de que usuários vendem parte do produto: é
fruto de desconhecimento de como se dão as relações e as trocas entre eles.
Duplamente penalizados, pela doença
(dependência) e pela lei, os usuários aguardam melhores projetos, que cuidem
não só dos aspectos legais, mas também dos aspectos de saúde que são inerentes
ao problema.
(Adaptado de Marcos P. T. Ferraz, "Folha
de São Paulo")
A questão da descriminalização das drogas se
presta a frequentes simplificações de caráter maniqueísta, "que"
acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a
discussão quase sempre em torno da droga "que" está mais em
evidência.
1) Os elementos referidos pelos pronomes "que" e "que", entre aspas no texto, são, respectivamente:
a) caráter maniqueísta - droga
b) as drogas - a discussão
c) a questão da descriminalização das drogas - problema extremamente complexo
d) frequentes simplificações de caráter maniqueísta - a droga
e) a descriminalização - caráter maniqueísta
Questão 02
A alternativa em que o advérbio exprime ideia de INTENSIDADE é:
a) a sociedade parece ser pouco sensível.
b) usuários fazem sempre um pequeno comércio.
c) ... atitude essa centrada, evidentemente, em aspectos repressivos.
d) ... somente penalizando traficantes e usuários.
e) ... duplamente penalizados.
Questão 03
O termo ONDE encontra-se corretamente empregado na frase:
a) A suspeita de falsificação nasceu por causa daquela folha onde havia uma rasura.
b) Não sei onde foi que te decepcionei: ao não responder à tua carta? Ao não me desculpar por isso?
c) Nos piores momentos é onde podemos reconhecer os verdadeiros amigos.
d) Não tenho saudades de minha infância, onde sofri tantas injustiças.
e) À saída dos torcedores é onde costuma haver muito tumulto.
gabarito: D, A e A
2ª Semana :- 2º - reconhecer efeitos de ironia e / ou humor em textos variados.
Questão 1
2ª Semana :- 2º - reconhecer efeitos de ironia e / ou humor em textos variados.
Questão 1
Certas
propagandas recomendam determinados produtos, destacando que são saudáveis por
serem naturais, isentos de “química” .Um aluno atento percebe que essa
afirmação é:
A)
Verdadeira,
pois o produto é dito natural porque não é formado por substâncias químicas
B)
Falsa, pois as substâncias químicas são sempre
benéficas.
C)
Verdadeira, pois a química só estuda materiais
artificiais.
D) Enganosa, pois confunde o leitor, levando-o a
crer que “química” significa não-saudável, artificial.
Questão 2
Construção de rodovia
Uma rodovia estava sendo construída em um vilarejo e um dos residentes sentou-se durante muitas horas para assistir à realização das obras. Um homem aproximou-se dele:
- Olá, sou o engenheiro que realizou o projeto, o responsável pela obra e pelas máquinas.
- Olá, eu sou o morador do vilarejo.
- Pelo que pude notar, você nunca havia visto uma rodovia moderna ser construída. Diga-me, como construíam estradas por aqui?
- Bem, quando queremos construir uma estrada entre um vilarejo e o seguinte, soltamos um burro velho e o animal escolhe o caminho mais curto e mais seguro. É ali que construímos a nossa estrada.
- E o que fazem quando não há burros?
- Aí, chamamos um engenheiro.
Mario Atcalá Canto, México. Seleções Reader’s Digest. Outubro 2010. p. 99.
O humor desse texto está no fato de
A) a rodovia estar sendo construída.
B) o engenheiro ter realizado o projeto.
C) a conversa com o morador ter se esticado.
D) o morador ter explicado a resposta final. X
Uma rodovia estava sendo construída em um vilarejo e um dos residentes sentou-se durante muitas horas para assistir à realização das obras. Um homem aproximou-se dele:
- Olá, sou o engenheiro que realizou o projeto, o responsável pela obra e pelas máquinas.
- Olá, eu sou o morador do vilarejo.
- Pelo que pude notar, você nunca havia visto uma rodovia moderna ser construída. Diga-me, como construíam estradas por aqui?
- Bem, quando queremos construir uma estrada entre um vilarejo e o seguinte, soltamos um burro velho e o animal escolhe o caminho mais curto e mais seguro. É ali que construímos a nossa estrada.
- E o que fazem quando não há burros?
- Aí, chamamos um engenheiro.
Mario Atcalá Canto, México. Seleções Reader’s Digest. Outubro 2010. p. 99.
O humor desse texto está no fato de
A) a rodovia estar sendo construída.
B) o engenheiro ter realizado o projeto.
C) a conversa com o morador ter se esticado.
D) o morador ter explicado a resposta final. X
Questão 3 - UNIICAMP
Leia a propaganda (adaptada) da Fundação SOS Mata Atlântica reproduzida
abaixo e responda às questões propostas.
a) Há no texto uma expressão de duplo sentido sobre a qual o apelo da
propaganda é
construído. Transcreva tal expressão e explique os dois sentidos que
ela pode ter.
b) Há também uma ironia no texto da propaganda, que contribui para o
seu efeito
reivindicativo, expressa no enunciado: “Aproveita enquanto tem água.”
Explique a ironia
contida no enunciado e a maneira como ele se relaciona aos elementos
visuais presentes.
Questão 4
ISTO É, 30 de setembro de 2003.
Nas duas falas do cartum, existe a manifestação de, respectivamente,
a) ameaça; ironia.
b) tristeza; ameaça.
c) ironia; medo.
d) oposição; temor.
Questão 5
Questão 5
Disponível
em: <http://comicsgarfield.blogspot.com/>. Acesso em: 03 dez. 2010.
Nesse texto,
o tom irônico está presente
a) na primeira
observação do menino.
b) na expressão concentrada do gato.
c) no que o
menino acha da natureza.
d) no
que o gato pensou sobre os sapatos.Gabarito: 1=D ,2= D, 4=A, 5= D
Questão Aberta 3 :
a) A expressão de duplo sentido presente no texto é “lavar as mãos”, que pode significar
tanto “retirar a sujeira das mãos” quanto “fugir da responsabilidade de algo”.
b) Há ironia em “aproveita enquanto tem água” se considerarmos que a propaganda tem
como objetivo conscientizar o público-alvo quanto às consequências negativas do
desmatamento para a natureza e para a escassez das águas. A expressão não pretende que
seu público-alvo aproveite a água, indica que a água vai acabar se nada for feito por esses
leitores para evitar o desmatamento, efeito que é complementado pelas árvores secas acima da
torneira e pela única gota que dela escapa.
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